terça-feira, 5 de junho de 2018

SAUDADE BREJEIRA







Era bonito de se ver, poeira levantando lá pelas bandas do ribeirão, eu já intuía, era boiada, de onde estivesse corria para a varanda, para ver de mais perto, na estrada próximo à entrada do nosso pequeno sítio, ficava encantado de ver os bois andando em trotes, enfileirados. E o aboio dos vaqueiros? Como eram melodiosos e tristes! Mas a boiada obedecia, parecia para o meu olhar de criança imaginativa, que boi tinha sentimento, tal era a calma que a boiada ia, calma que às vezes era quebrada por um boi rebelde, estourava, e todos o seguia, os boiadeiros valentes e acostumados a lidar com tal situação de novo colocava tudo em ordem. E ao longo da estrada a boiada ia desaparecendo, deixando-me saudoso de bois e aboios.

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